quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal para todos!


Aqui ficam os votos de Feliz Natal para todos!


I
Dia de Natal

Hoje é dia de Natal
Mas o menino Jesus
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.

Recebi cinco brinquedos
Mais um casaco comprido.
Pobre menino Jesus,
Faz anos e está despido.

Comi bacalhau e bolos,
Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.

Os reis de longe trazem
Tesouros, incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.

Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão.

Luísa Ducla Soares


II

Enquanto a chuva
Escorrer da minha vidraça
E furar o telhado
Daquele farrapo de homem que além passa
Enquanto o pão
Não entrar com a Justiça
Lado a lado
Mão a mão
Nem Jesus vem
Andar pelos caminhos onde os outros vão
Um dia
Quando for Natal (E já não for Dezembro)
E o mundo for o espaço
Onde cabe
Um só abraço
Então Jesus virá
E será
À flor de tudo
O RedentorUniversal
(Quando o Homem quiserSerá Natal)

Manuel Sérgio

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal... com livros!



Este Natal, no nosso agrupamento, com a colaboração das Juntas de Freguesia de S. João de Lourosa e de Silgueiros, foi possível oferecer a cada aluno do pré-escolar e do 1.º ciclo um livro. Os meninos e meninas do pré-escolar receberam livros de títulos variados; os alunos dos 1.º e 2.ºs anos livros de Luísa Ducla Soares ("O abecedário maluco", "A vaca de estimação", "o fantasma" e "Três histórias de futuro"); os alunos do 3.º ano receberam livros da colecção "Terra Verde", da Verbo; os alunos do 4.º ano, livros da colecção "Uma aventura...", de Ana M.ª Magalhães e Isabel Alçada e da colecção "O bando dos quatro".

Para todos, boas leituras!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Recital de Poesia "Tudo Gira"



No dia 28 de Outubro, todos os meninos e meninas dos Jardins de Infância do nosso Agrupamento foram ao Teatro Viriato assistir ao recital de poesia "Tudo Gira". O recital foi construído a partir de poemas de Jorge Sousa Braga, reinterpretados vocal e visualmente. A voz de Margarida Mestre, o cenário visualmente mágico que foi criado, o jogo das palavras e do corpo encantaram todos os participantes, miúdos e graúdos.

Deixamos aqui alguns poemas tornados vivos pela voz e pelo corpo de Margarida Mestre:


A tulipa

Ela usa um turbante,
amarelo como a lua.
Por baixo do turbante,
a tulipa anda nua!


As trepadeiras
Trepem, trepem trepadeiras!
Trepem, trepem pelo ar!
Que de plantas rasteiras,
está a terra a abarrotar.

Trepem, trepem trepadeiras!
Trepem, trepem sem parar!
E se o muro se acabar,
trepem, trepem trepadeiras,
por um raio de luar.


As árvores e os livros

As árvores como livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

Braga, Jorge Sousa. Herbário. Lisboa: Assírio e Alvim, 2007

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Mês Internacional das Bibliotecas Escolares - Literacia e Aprendizagem com a Biblioteca Escolar!


No dia 27 de Outubro celebrou-se na nossa Biblioteca o Dia da Biblioteca Escolar com a actividade "Caça ao tesouro!", para os alunos do 5.º ano de escolaridade . Foi um dia festivo na escola. Os nosso novos alunos tiveram a oportunidade de descobrir as diferentes valências da biblioteca e de compreender que, nas estantes, há muitos livros à espera de serem lidos. Depois dos alunos, em grupo, terem percorrido a biblioteca à procura do tesouro, foi-lhes lida uma história sobre os livros e o encantamento da leitura. A maior descoberta desse dia: o grande TESOURO, a biblioteca!

Os alunos da turma de percurso curricular alternativo escreveram algumas frases sobre a biblioteca que aqui se divulgam:

"Eu gosto da biblioteca para ir ler uma história e mexer nos computadores." Susana
"Eu gosto muito de ir à biblioteca ler uma história!" Soraia
"A biblioteca é bonita e tem computadores para jogar." Quim
" A biblioteca é bonita!" Tiago
"Os jogos são bonitos." Tadeu


Pequenos poetas!

(imagem retirada de www.meninaboneca.zip.net)


No âmbito da actividade "Começar bem o dia com poesia, os alunos da escola do 1.º ciclo de Oliveira de Barreiros, escreveram alguns poemas que divulgamos aqui. Parabéns aos pequenos poetas!

O Outono

Fazemos as vindimas e fazemos o vinho.
Apanhamos as castanhas para o Magustinho.
Caem das árvores as folhas muito velhinhas.
Os dias ficam mais frios e vestimos camisolinhas.

23/10/2008
Celina, Vasco, Márcia, Nádia, Beatriz
(2ºano)



Os meninos

Os meninos vão à escola.
Eles gostam de estudar.
Ajudam-se uns aos outros,
A ler, a escrever, a pintar…

24/10/2008
Celina, Vasco, Márcia, Nádia, Beatriz
(2ºano)

As cores

Tenho lápis amarelo,
azul, vermelho e verde…
Pinto os meus desenhos
bastante coloridos.

A minha camisola
é feita com muitas cores.
Azul, laranja, verde
e o branco dos meus amores.
O tronco da árvore é castanho,
verde as suas folhas.
De vermelho as maçãs,
como são maravilhosas!

O céu é de cor azul.
Amarelo é o sol.
Sete cores tem o arco-íris
e as riscas do meu cachecol.

05/11/2008
Celina, Vasco, Márcia, Nádia, Beatriz
(2ºano)

Bom ano lectivo para todos!

Iniciamos apenas hoje no nosso blogue o ano lectivo 2008/09. E, no entanto, tantas histórias contadas, quantos livros distribuídos pelas escolas e jardins do nosso agrupamento...O tempo escasseia entre as mil e uma coisas que temos para fazer.
Este ano a nossa biblioteca abraça dois grandes desafios: o projecto de promoção de leitura do agrupamento "aLer+ ...para Ser+" e o projecto "SABER+" (candidatura de mérito 2008). O projecto de promoção da leitura começou já a dar os primeiros passos em todas as escolas do agrupamento: leitura orientada na sala de aula, leitura domiciliária, entre outras actividades.
Em todo o agrupamento, iniciam-se as actividades lectivas com a actividade "Começar bem o dia ... com poesia!". Os professores e os alunos lêem em voz alta, todos os dias, poemas de diferentes autores. Já todos esperam que o dia comece bem, com a poesia a vibrar por toda a escola!
Acreditamos, como Eugénio de Andrade, que "uma árvore ou um poema podem ainda mudar o mundo"!
Um bom ano lectivo para todos! E... boas leituras!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Candidatura de Mérito 2008

A nossa Biblioteca ganhou a Candidatura de Mérito 2008, da Rede de Bibliotecas Escolares.
É uma enorme alegria para a equipa da BE/CRE e para todos os intervenientes no Projecto "SABER+", um projecto de promoção da literacia da informação. Estamos conscientes, no entanto, da enorme responsabilidade que temos em mãos, mas profundamente convictos da crucial importância do mesmo para os alunos do nosso Agrupamento.
O projecto SABER+ pretende desenvolver nos alunos competências em informação de forma contextualizada, integrada e concertada, pela estreita colaboração entre a BE e os professores curriculares, pela utilização dos recursos da BE nas práticas lectivas, pela planificação de experiências de aprendizagem que privilegiem a pesquisa e o tratamento de informação disponível em variados formatos, pelo desenvolvimento de competências ao nível da utilização da BE e das tecnologias da informação.
Os desafios para a equipa da BE são muitos, mas, contamos, como sempre, com o apoio do Conselho Executivo e com a colaboração dos professores do Agrupamento. Como dizia o grande poeta Sebastião da Gama,"Pelo Sonho é que vamos"!

Boas Leituras III

"Alexander Cold acordou ao amanhecer sobressaltado por um pesadelo. Sonhava que um enorme pássaro preto se atirava contra a janela com um fragor de vidros estilhaçados, entrava em casa e levava a sua mãe. No sonho, ele observava impotente como o abutre gigantesco agarrava em Lisa Cold pela roupa, com as suas garras amarelas, saindo pela mesma janela partida e desaparecendo num céu carregado de grandes nuvens negras. Acordou-o o barulho da tempestade, o vento fustigando as árvores, a chuva sobre o telhado, os relâmpagos e os trovões. Acendeu a luz com a sensação de estar num barco à deriva e aconchegou-se contra o vulto do cão enorme que dormia a seu lado. Calculou que a poucos quarteirões de sua casa, o oceano pacífico rugia, agigantando-se em ondas furiosas contra a muralha. Ficou a ouvir a tempestade e a pensar no pássaro preto e na sua mãe, esperando que acalmassem os batimentos de tambor que sentia no peito. Estava ainda enleado nas imagens daquele pesadelo.
O rapaz olhou para o relógio: seis e meia, horas de se levantar. Lá fora começara a clarear. Pressentiu que este seria um dia desastroso, um daqueles dias em que mais valia ficar na cama porque tudo corria mal.”

In " A Cidade dos Deuses Selvagens", de Isabel Allende, publicado pela Difel

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Boas Leituras II

“ Era uma aborrecida e chuvosa tarde de Primavera. Miguel tinha acabado há dez minutos de fazer os trabalhos para a escola e para a aula de inglês. Estava sozinho em casa e tinha-se posto à janela a ver as gotinhas leves que caíam na relva do pequeno jardim. Ainda faltava uma hora para a mãe voltar e não sabia o que havia de fazer. Tentou contar os salpicos que batiam na vidraça, mas, passados cinco minutos, ainda se sentiu mais aborrecido do que estava antes. Suspirando, afastou-se da janela e deixou-se cair como um peso morto na cama.
“Gostava tanto de ter um irmãozinho, ou um cão” pensou. “ Se tivesse, brincava com eles e nunca mais teria aquela ideia terrível, nunca mais.”
Mas, mal acabou de dizer “nunca mais”, a tal ideia terrível começou a falar. “

in“ O Cavaleiro Lua Cheia”, de Susanna Tamaro, publicado pela Editorial Presença

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Boas Leituras I


Nos próximos dias, deixaremos aqui extractos de livros disponíveis na Biblioteca. Para despertar a vontade de ler... Os livros estão lá, à espera, ansiosos que alguém os abra e inicie, na sua companhia, uma grande viagem! Boas leituras!

(Imagem disponível em http://img510.imageshack.us/img510/2417/ilust4qz5.jpg)


"Não me lembro de como tudo começou. Só sei que passeava ao luar e sobre a neve havia uma fina camada de gelo. Era contudo estranho para um começo, já que as crianças não costumam passear à noite sozinhas na floresta. Via a lua, lá no alto, redonda como um balão, como se estivesse suspensa sobre os abetos. Mas, nessa noite, passaram-se coisas ainda mais estranhas.
Ao passar pela lagoa, onde, com o meu pai, costumava estender-me no chão para observar os girinos, apareceu de repente à minha frente um duende. Não teria estranhado se ele tivesse surgido furtivamente do arvoredo ou de outro lado qualquer, mas não foi assim que aconteceu. Sentado na neve, tentava lembrar-me de qualquer coisa que se me esvaíra do pensamento. Inesperadamente, como que surgindo algures fora da floresta, apareceu diante de mim um duende. À excepção do barrete vermelho que os duendes costumam usar, estava todo vestido de verde. Embora adulto, era muito mais baixo que eu.
Quando já o podia ver tão nitidamente como as árvores à minha volta ouço-o proferir as primeiras palavras:
- Com que então?”

in“ O Palácio do Príncipe Sapo”, de Jostein Gaarder, publicado pela Editorial Presença

terça-feira, 6 de maio de 2008

"Festejar a Mãe"


"Maternidade", de Almada Negreiros
"A mãe é o único Deus que não tem descrentes na terra."
(Anónimo)
No passado dia 30 de Abril, pelas 21 horas, realizou-se na nossa escola um Sarau para homenagear a Mãe, no âmbito do projecto "Festejar a Mãe", projecto de articulação curricular entre a Biblioteca e as turmas do 6º ano de escolaridade. Iniciado no primeiro período, envolveu as disciplinas de Língua Portuguesa, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical, Educação Física e Área de Projecto. Os alunos desenvolveram, de forma articulada, actividades à volta da temática Mãe, realizaram trabalhos de investigação, trabalhos práticos, leituras diversas... A Biblioteca apoiou a realização das diversas actividades, forneceu os recursos necessários à implementação das mesmas, trabalhou em parceria com os professores envolvidos. Fruto do trabalho realizado nasceu uma exposição "A Mãe na Arte" ( trabalhos realizados em Área de Projecto sobre a Mãe na Literatura, na Escultura, na Pintura e na Fotografia...) e um Sarau.
Na presença das mães, dos pais, dos avós, os alunos declamaram poemas da sua autoria, entoaram poemas de autores portugueses (musicados pelas diferentes turmas em Educação Musical), dançaram ao som de canções sobre a mãe. A Oficina de leitura e escrita da Biblioteca participou também no Sarau com a declamação do "Poema à Mãe", de Eugénio de Andrade.

Viveram-se momentos de profunda alegria e de partilha de palavras e de afectos!


Ficam aqui dois poemas que foram musicados pelos alunos.


Fantasia

Oh mãe, conta-me histórias de encantar
Daquelas em que há príncipes e fadas,
Dragões que guardam torres encantadas,
E que contavas para me embalar.


Conta-me histórias, mãe! Lendas infindas
De castelos erguidos nas colinas,
Onde habitavam fadas e meninas,
Brancas e loiras, sempre muito lindas.


Mãe, conta-me histórias de encantar,
Dos anjos que no azul do céu voavam,
Dos lagos onde cisnes passeavam,
E que eu revia à luz do teu olhar.


Conta-me histórias como em pequenino
Me contavas e tudo me sorria.
Histórias lindas que eu atento ouvia...
Oh que saudades, mãe, de ser menino.

Emanuel Félix ( 1936-2004)

Mãe 2


Tigelinhas brancas
compotas macias
Minha mãe quantas
tigelinhas enchias


Tigelinhas brancas
para todos os dias
Minha mãe quantas
tigelinhas vazias


Tigelinhas brancas
doces como querias
Minha mãe quantas
saudades eu tenho


João Apolinário (1924-1988)


(Poemas retirados de "A Mãe na Poesia Portuguesa", uma antologia de Albano Martins, publicada pelo Público)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor


Celebra-se hoje o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge, esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge e recebem em troca um livro. Para além disso, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril.

Um livro: Um tapete mágico

"Desejas um tapete mágico que, num abrir e fechar de olhos, te leve aos confins da terra?
Uma máquina de viajar no tempo, para o futuro a haver, desconhecido, para o passado histórico ou para aquele em que os animais falavam?
Companheiros para correrem contigo a aventura de mares ignoradosne de ilhas que os mapas não registam? Conhecer mundos para além do nosso sistema solar, a anos-luz da nossa galáxia, sem necessidade de foguetão?
Saber a idade de uma pedra ou os mistérios da realidade, das águas, dos bichos, dos pássaros e das estrelas?
Descobir a arca encantada, onde se guardam os vestidos "cor do tempo", das princesas de era uma vez, aquelas que se transformavam em pombas ou dormiam em caixões de cristal, à espera que o livro viesse despertá-las?
Desfolhar as pétalas do sonho no país da noite?
Abre um livro.
Um livro é tudo isso de cada vez e, às vezes, ao mesmo tempo.
Um livro permite-te contactar com outras imaginações, outras sensibilidades. É a possibilidade de estares noutros lugares, sem abandonares o teu chão, de ouvires pulsar outros corações, de vestires a pele humana de outro ou outros sem deixares de ser tu. E, com um livro, a varinha de condão que está na mão das fadas está em teu poder. É do teu olhar, de cada vez que te dispões a ler, que nascem aqueles mundos caleidoscópicos, de maravilha - e só desaparecem, quando fechas o livro. Mas, a um gesto do teu querer, voltarão a surgir sempre, sempre, sempre..."

Luísa Dacosta



terça-feira, 22 de abril de 2008

Dia Mundial da Terra



"Nós não herdámos a terra dos nossos antepassados, pedimos emprestada aos nossos filhos"
Provérbio Índio

Celebra-se hoje o Dia Mundial da Terra. A 22 de Abril de 1970, o Senador norte-americano Gaylord Nelson, preocupado com o ambiente, realizou o primeiro protesto nacional contra a poluição. Em 1990, vários países adoptaram a data como Dia Mundial da Terra. Em 2002, a Organização das Nações Unidas aprovou a Carta da Terra, uma espécie de Declaração de Direitos da Terra. Pode ler-se no preâmbulo desta carta:
“Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça económica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos a nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações”.

Para que a vida na Terra possa continuar, devemos, entre outros, respeitar os seguinte princípios:

Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as actuais e as futuras gerações.

Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.

Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.


Como se pode ler na Carta: “A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida.”

Pode ler-se a Carta da Terra, na íntegra, em português, em
http://www.chartedelaterre.org/files/charter/charter_po.pdf


Sugestão de Leitura

E porque todos nós podemos, no nosso dia-a-dia, cuidar da Terra, aqui vai uma sugestão de leitura:

(imagem retirada de www.webboom.pt)


50 Coisas Simples que as crianças podem fazer para salvar a Terra, da responsabilidade do “The Earthworks group”, publicado pelo Instituto Piaget e disponível na SUA biblioteca.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sugestão de Leitura

Um livro muito especial: Conto estrelas em ti , publicado pela Editora Campo das Letras. Num só livro, poemas de dezassete autores portugueses, ilustrados por João Caetano. Poemas de Luísa Dacosta, Papiano Carlos, Maria Alberta Menéres, António Torrado, António Mota, Álvaro Magalhães e muitos outros. Para ler e sorrir muito!



Aqui vai um cheirinho...

É tão bom não ter juízo!

"Ser um rapaz com juízo?
Ah, isso não é preciso!

É tão bom ser diabrete,
pintar de verde o tapete.
É tão bom ser um mauzão,
deitar pimenta no pão.
É tão bom ser um pirata,
puxar o rabo da gata.
É tão bom ser um traquinas,
despentear as meninas.
É tão bom ser um travesso,
vestir tudo do avesso.
É tão bom ser um marau,
pôr no lixo o bacalhau.
É tão bom ser desastrado,
cair no lago calçado.
É tão bom ser malandrão,
roer os ossos do cão.
É tão bom ser um maroto,
pôr no prato um gafanhoto.
Tão bom ser insuportável,
pisar um senhor notável.
Ser sempre inconveniente,
ao careca dar um pente.
É tão bom ser mau, mau, mau,
Soltar na aula um lacrau.

O pior é quando a mãe
resolve ser má também."

Luísa Ducla Soares

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Dia Mundial da Saúde

Celebra-se hoje, dia 7 de Abril, o Dia Mundial da Saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta para o facto do aquecimento global trazer sérios problemas para a saúde pública de todos os países. Margaret Chan, directora-geral da OMS, afirma que as alterações climáticas colocarão em risco as populações de todo o mundo. Para além de outras situações graves, a poluição do ar contribuirá para aumentar os casos de asma, bronquites e outros problemas respiratórios, bem como as alergias.

É muito importante que, todos os dias, as nossas acções ajudem a salvar a terra, impedindo a poluição e as suas consequências para a saúde de todos nós.

Sugestão de leitura

Guia do Jovem Consumidor Ecológico, de John Elkington e Julia Hailes, publicado pela Gradiva.

Um livro que nos ensina a cuidar da Terra, nas pequenas coisas do nosso dia-a-dia.


A nossa saúde depende da saúde do nosso planeta...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

2 de Abril - Dia Internacional do Livro Infantil


Hoje comemora-se o Dia Internacional do Livro Infantil. Esta data foi escolhida como homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, que nasceu neste dia, em 1805.
A data é comemorada em mais de 60 países e é uma tentativa de despertar nas crianças o interesse pela literatura.

Os livros são os meus olhos mágicos

Há muito, muito tempo, vivia na Índia antiga um rapaz chamado Kapil. Além de gostar muito de ler, era extremamente curioso. Tinha a cabeça cheia de perguntas. Por que motivo o Sol era redondo e por que mudava a Lua de forma? Por que cresciam tanto as árvores? E por que razão as estrelas não caíam do céu?
Kapil procurava as respostas em livros de folha de palmeira escritos por homens sábios. E lia todos os livros que encontrava.
Ora, um dia, estava Kapil ocupado a ler quando a mãe lhe deu um embrulho e disse: «Arruma o livro e leva esta comida ao teu pai. Já deve estar cheio de fome.»
Kapil levantou-se com o livro na mão e fez-se ao caminho. Enquanto percorria o duro e acidentado trilho que atravessava a floresta, não parava de ler. De súbito, o seu pé bateu numa pedra. Tropeçou e caiu. E logo um dedo começou a sangrar. Kapil ergueu-se do chão e continuou a caminhar e a ler, com os olhos colados ao livro. Não tardou a bater noutra pedra e, uma vez mais, estatelou-se. Desta feita doeu-lhe mais, mas o texto escrito em folha de palmeira fê-lo esquecer as feridas.
De repente, um clarão surgiu e ouviu-se um riso melodioso. Kapil levantou os olhos e deparou com uma formosa senhora, vestindo um sari branco. Ela sorria e uma auréola de luz rodeava-lhe a cabeça. Estava sentada num cisne branco e gracioso. Numa das mãos trazia um luminoso rolo de pergaminho. Com outras duas segurava um instrumento de cordas chamado veena. Estendeu a quarta mão para o rapaz e disse: «Meu filho, estou impressionada com a tua sede de conhecimento. Quero dar-te uma recompensa. Qual é o teu maior desejo?»
Kapil pestanejou de espanto. Diante dele encontrava-se Saraswati, a Deusa do estudo. No instante seguinte, o rapaz cruzou as mãos, fez uma vénia e murmurou: «Por favor, Deusa, dá-me um segundo par de olhos para os pés, a fim de que eu possa ler enquanto caminho.»
«Assim seja» – e a Deusa abençoou-o. Tocou na cabeça de Kapil e a seguir desapareceu entre as nuvens.
Kapil olhou para baixo. Um segundo par de olhos brilhava-lhe nos pés e ele deu um salto de alegria. Logo a seguir, fixou os olhos no livro e desatou a caminhar pela floresta, apenas conduzido pelos seus pés.
Graças ao amor pelos livros, Kapil cresceu e tornou-se um dos sábios mais ilustres da Índia. Em toda a parte era conhecido pela sua imensa sabedoria. Também lhe puseram outro nome, Chakshupad, que em sânscrito significa «aquele cujos pés têm olhos».
Saraswati é a deusa do estudo e do saber, da música e da fala.
Esta é uma antiga lenda indiana sobre um rapaz que descobriu como o saber é transmitido pelas palavras, essas palavras que os homens sábios escreviam em manuscritos de folhas de palmeira.
Os livros são os nossos olhos mágicos. Dão-nos informação e conhecimentos e servem-nos de guias nos difíceis e acidentados caminhos da vida.

De MANORAMA JAFA (tradução: José António Gomes)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Dia Mundial da Poesia - 21 de Março

"Uma árvore ou um poema podem ainda mudar o mundo."
Eugénio de Andrade



É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor,
é urgente permanecer.

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 19 de março de 2008

Dia do Pai

(imagem retirada de http://troll-urbano.weblog.com.pt/arquivo/pai%20e%20filho.jpg)

« Descansa, pai, dorme pequenino, que levo o teu nome e as tuas certezas e os teus sonhos no espaço dos meus. Descansa, não vou deixar que te aconteça mal. Não se aflija, pai. Sou forte nesta terra dos meus pés. Sou capaz e vou trabalhar e vou trazer de novo aqui o mundo que foi nosso. Vou mesmo, pai. o mundo solar. Reconhecê-lo-ei, porque não o esqueci. E também o tempo será de novo,e também a vida. Sem ti e sempre contigo. A tua voz a dizer orienta-te, rapaz. Não se apoquente, pai. Eu oriento-me. Pai, não se preocupe comigo. Eu oriento-me. E vou. anoitece a estrada no que sobra da manhã. Chove sol luz onde está o que os meus olhos vêem. A carrinha grande que prometeste, que planeaste para nós, que ganhaste a trabalhar meses leva-me.Onde estás, pai, que me deixaste só a gritar onde estás? Na angústia, preciso de te ouvir, preciso que me estendas a mão. E nunca mais nunca mais. Pai. Dorme, pequenino, que foste tanto. E espeta-se-me no peito nunca mais te poder ouvir ver tocar. Pai, onde estiveres, dorme agora. Menino. Eras um pouco muito de mim. Descansa, pai. Ficou o teu sorriso no que não esqueço, ficaste todo em mim. Pai. Nunca esquecerei.»

in Morreste-me de José Luís Peixoto
(Morreste-me é um livro escrito em memória do seu pai, José João Serrano Peixoto)

JOSÉ LUÍS PEIXOTO
José Luís Peixoto nasceu em 1974 (Galveias, Ponte de Sor). Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Tem publicado poesia e prosa. Recebeu o Prémio Jovens Criadores (área de literatura) nos anos 97, 98 e 2000. Em 2001, o seu romance «Nenhum Olhar» recebeu o Prémio Literário José Saramago. Está representado em diversas antologias de prosa e de poesia nacionais e estrangeiras. É colaborador de diversas publicações nacionais e estrangeiras. Em 2005, escreveu as peças de teatro «Anathema» (estreada no Theatre de la Bastille, Paris) e «À Manhã» (estreado no Teatro São Luiz, Lisboa).

OBRAS PUBLICADAS:
  • Morreste-me (ficção, 2000)
  • Nenhum olhar (romance, 2000)
  • A Criança em Ruínas (poesia, 2001)
  • Uma Casa na Escuridão (romance, 2002)
  • A Casa, a Escuridão (poesia, 2002)
  • Antídoto (ficção, 2003)
  • Cemitério de Pianos (romance, 2006)
Veja mais sobre este autor em http://www.joseluispeixoto.net



José Luís Peixoto na apresentação do seu livro "Cemitério de Pianos", na FNAC.

terça-feira, 18 de março de 2008

A palavra

A palavra lança-se como um barco vazio
de uma matéria frágil que palpita
e não sabe o seu rumo e no entanto vai
vogando entre sombras e nuvens

António Ramos Rosa

Projecto de Promoção da Leitura da BE/CRE D. Luís de Loureiro

O projecto "LER+ ... para SER+" pretende constituir-se como um projecto de promoção de leitura englobante e abrangente a partir do estabelecimento de parcerias entre a BE/CRE D. Luís de Loureiro e a sala de aula, entre as diferentes áreas curriculares e não curriculares, com os seguintes objectivos:

  • Incentivar o gosto pela leitura;
  • Promover a leitura a partir de diferentes abordagens;
  • Consolidar efectiva e afectivamente hábitos de leitura;
  • Promover a leitura em voz alta;
  • Desenvolver competências no âmbito da Língua Materna.

Este projecto consubstancia-se em diferentes actividades, designadamente :


1- LER… para PARTILHAR

Leitura orientada na sala de aula, realizada a partir de diferentes actividades (1º, 2º e 3º ciclos);
Leitura em voz alta: actividade "O afecto das palavras";

2- LER… para SABER +

Leitura informativa; a partir dos recursos da Biblioteca pretende-se partir do livro para a abordagem das temáticas curriculares ;os livros podem ser também ponto de partida para a abordagem de diferentes temáticas nas novas áreas curriculares;

3- LER … para VIVER+

Leitura autónoma/recreativa que envolve todos os alunos de todas as turmas, na disciplina de Língua Portuguesa (2º e 3º ciclos). Após a leitura, os alunos partilham as leituras com os colegas, quer em sessões na sala de aula, quer neste blogue.

“Oficina de Leitura e Escrita”, na Biblioteca, semanalmente, com alunos voluntários de diferentes turmas do 2º e 3º ciclo: leitura autónoma /recreativa; partilha de leituras, sessões de leitura em voz alta; declamação de poesia, visualização de filmes após a leitura dos livros; escrita criativa...

4- LER…para CRESCER

Projecto de promoção da leitura a partir da colecção "Profissão: Adolescente", de Mª Teresa Maia Gonzalez; articulação entre a BE/CRE e E.M.R.C. (9º ano);

5– DE MÃOS DADAS COM OS LIVROS

Projecto de promoção de leitura (biblioteca itinerante) para o pré-escolar e primeiro ciclo. Circulação de baús pelos diferentes jardins e escolas do 1º ciclo.

Os direitos inalienáveis do leitor

1- O direito de não ler.
2– O direito de saltar páginas.
3– O direito de não acabar um livro.
4– O direito de reler.
5– O direito de ler não importa o quê.
6– O direito de amar os “heróis” dos romances.
7– O direito de ler não importa onde.
8– O direito de saltar de livro em livro.
9– O direito de ler em voz alta.
10– O direito de não falar do que se leu.

In
Como um romance, Daniel Pennac