sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SEMANA DA LEITURA 2010 ou A LEITURA EM FESTA!

"Adquirir o hábito da leitura é construir um refúgio para quase todos os males da vida."
W. Somerset Maugham

Ao longo da próxima semana ( 1 a 5 de Março) celebra-se no nosso Agrupamento a SEMANA da LEITURA 2010. Vamos fazer uma festa ao longo da semana, realizando várias actividades:

· Começar bem o dia com Poesia! (ao longo da semana, leitura de poemas sobre a leitura e os livros);
· Visualização do filme “PÁGINAS DE LIBERDADE” (alunos do 3.º ciclo)
· Actividade: “TODOS A LER!”. Sexta-feira, dia 5 de Março, das 9.30H às 10H, todo o Agrupamento pára para ler (livros, revistas, jornais…);
· Concurso “LER É…”
· Actividade “CONTO CONTIGO” (colaboração dos Encarregados de Educação, lendo e contando histórias);
· Entrega dos Certificados de MELHOR LEITOR (1.º Período) e dos prémios aos vencedores do CONCURSO NACIONAL DE LEITURA (1ª fase);
· LEITURAS DIGITAIS: na BE/CRE D. Luís de Loureiro, um computador disponível para leitura de e-books (livros digitais);
· Na BE/CRE da Escola/Jardim de S. João de Lourosa, EU CONTO, TU CONTAS… À RODA DE “O NABO GIGANTE”;
· Na BE/CRE da Escola/Jardim de Loureiro HORA DO CONTO E ATELIER DE ESCRITA CRIATIVA (4.º ANO);
· CONTADOR DE HISTÓRIAS (público alvo: pré-escolar), na BE/CRE D. Luís de Loureiro, no dia 3 de Março;
· PARTILHA DE LEITURAS entre Escolas do 1.º CEB e os Jardins;
· Actividades de expressão plástica à roda das leituras;
· Dramatização de histórias...

Porque LER DÁ-NOS ASAS!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Dia de S. Valentim



Encerramos hoje, Dia de S. Valentim, a Semana do Amor.

S. Valentim foi aclamado santo pela Igreja e é conhecido como protector dos namorados.

No século III, em Roma, Valentim, era um sacerdote e o imperador era Cláudio II,o Gótico. O Império enfrentava muitos problemas, com inúmeras batalhas perdidas. O imperador deduziu que a culpa era dos soldados solteiros, que segundo ele, eram os menos destemidos ou ousados nas lutas. E, mais, que depois de se ferirem levemente, pediam dispensa das frentes. Mas, o que era pior, retornavam para o exército, casados e nesta condição queriam voltar vivos, enfraquecendo os exércitos. Por isto, proibiu a celebração dos casamentos.

Valentim, que considerava essa medida injusta, continuou a celebrar os casamentos, mas secretamente. Quando soube das ações do sacerdote, Cláudio mandou que fosse preso e interrogou-o publicamente. As suas respostas foram elogiadas pelo soberano que disse: "Escutem a sábia doutrina deste homem". E, de fatco, parece que a pregação de Valentim o tinha impressionado, pois mandou-o para uma prisão domiciliarária, indicando a residência do prefeito romano Asterio, onde todos eram pagãos.

Logo que chegou a essa casa, o sacerdote ficou a saber que o prefeito tinha uma filha cega. Disse aos familiares que iria rezar e pedir para Jesus Cristo pela cura da jovem, o que ocorreu alguns dias depois. Mas, nesta altura dos factos, Valentim tinha convertido a família interia do prefeito. Isto agravou sua pena, sendo condenado a morte.

A antiga lenda acrescentou que após curar a jovem, ele teria se enamorado dela, platonicamente, mas preferiu o seu ministério. Antes de morrer teria escrito uma carta para a jovem e entregou-a ao pai dela. No dia 14 de fevereiro de 286 foi levado para a chamada via Flaminia, onde foi morto a pauladas e depois decapitado.

(Informação retirada de http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=14&Mes=2&SantoID=23 )



sábado, 13 de fevereiro de 2010

Poemas de Amor III



Ontem, na nossa biblioteca, festejou-se uma das maiores formas de amor: a AMIZADE. Algumas turmas de EMRC, com a professora Isabel Cantarinha, entoaram canções sobre a importância dos amigos, declamaram poemas sobre a urgência da humanidade viver em AMOR.



Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!


Alexandre O'Neill


Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

Pablo Neruda

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Poemas de Amor II

Na nossa biblioteca, ao longo da semana, distribuiram-se poemas de amor como quem espalha rosas. Uma prenda feita de palavras com o mundo todo lá dentro.

Olhos

De tanto olhar os teus olhos
perco o pé e o viver.
Oh que olhos tão bonitos,
olhos de água em que os aflitos
mergulham até morrer.

João Pedro Mésseder/Francisco Duarte Mangas

Em todas as ruas…

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é o seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco.

Mário de Césariny de Vasconcelos


POEMA DE AMOR

Esta noite ofereço-te o anel de Saturno
e quase ia morrendo com o receio de que
ele não te coubesse no dedo

Jorge de Sousa Braga

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Poemas de amor I


Quase Nada

O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz.

Eugénio de Andrade

O amor, meu amor

Nosso amor é impuro
como impura é a luz e a água
e tudo quanto nasce
e vive além do tempo.

Minhas pernas são água,
as tuas são luz
e dão a volta ao universo
quando se enlaçam
até se tornarem deserto e escuro
E eu sofro de te abraçar
depois de te abraçar para não sofrer.

E toco-te
para deixares de ter corpo
e o meu corpo nasce
quando se extingue no teu.

E respiro em tipara me sufocar
e espreito em tua claridade
para me cegar,
meu Sol vertido em Lua,
minha noite alvorecida.

Tu me bebes
e eu me converto na tua sede.
Meus lábios mordem,
meus dentes beijam,
minha pele te veste
e ficas ainda despida.

Pudesse eu ser tu
e em tua saudade ser a minha própria espera.

Mas eu deito-me em teu leito
quando apenas queria dormir em ti.

E sonho-te
quando ansiava ser um sonho teu.

E levito, voo de semente,
para em mim mesmo te plantar
menos que flor: simples perfume,
lembrança de pétala sem chão onde tombar.

Teus olhos inundando os meus
e a minha vida, já sem leito,vai galgando margens
até tudo ser mar.
Esse mar que só há depois do mar.

Mia Couto


Respiro o teu corpo

Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Grandes filmes de amor baseados em livros

O Carteiro de Pablo Neruda
Filme dirigido por Michael Radford sobre a amizade entre o poeta chileno Pablo Neruda e um humilde carteiro que deseja aprender a fazer poesia para conquistar a mulher por quem está apiaxonado. Baseado no livro com o mesmo nome de António Skármeta.


O Diário da Nossa Paixão


Filme do realizador Nick Cassavetes, baseado no romance do mesmo nome de Nicholas Sparks. Conta a história de amor entre dois jovens que se prolonga até à eternidade.





As pontes de Madison County


Filme dirigido por Clint Eastwood, apartir do livro com o mesmo nome de Robert James Waller. Conta a história de uma mulher casada que se envolve com um fotógrafo da revista National Geographic que vai a Madison fotografar as famosas pontes.







Dr. Jivago

Filme baseado no romance com o mesmo nome de Boris Pasternak. Conta a história de um homem dividido entre duas mulheres, tendo como pano de fundo a Revolução Russa de 1917.


Orgulho e Preconceito

Filme baseado no romance com o mesmo nome da escritora Jane Austen, publicado pela primeira vez em 1813.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cartas de amor de homens célebres




"As cartas de amor começam sem saber o que se vai dizer, e terminam sem saber o que se disse".
Jean Jacques Rousseau (1712-1778)


As cartas de amor são ridículas


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.


As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.


Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Fernando Pessoa


Cartas de amor de homens célebres

“Anjo, acabo de saber que há correio todos os dias. Tem calma, ama-me – hoje – ontem. Que saudades em lágrimas por ti. Tu, a minha vida, meu tudo, até breve. Oh, ama-me sempre, nunca duvides do meu coração fidelíssimo. Do teu amado."

(Ludwing Van Beethoven, 1770-1827, carta nunca enviada para a sua amada imortal)



“Oh, como gostaria de passar metade do dia ajoelhado aos teus pés, com a cabeça no teu regaço, sonhando belos sonhos, contando-te os meus pensamentos em langor, em enlevo, por vezes em silêncio, mas beijando o teu robe!... Ó minha bem amada Eva, luz dos meus dias, luz das minhas noites, minha esperança, minha adorada, minha inteiramente amada, minha única querida, quando te verei? (…) Um beijo, meu anjo da terra, um beijo saboreado lentamente, e boa noite! "

(Honoré de Balzac , 1799-1850, para a Condessa Ewelina Hanska, sua amante e mais tarde sua mulher)


“Minha querida Kitty: cheguei são e salvo, excepto pelo vazio do meu coração, que tu provocaste, como uma querida e encantadora desmazelada que és. (…) Estou sentado sozinho e solitário no meu quarto (dez da noite, depois do teatro) e daria um guinéu por uma carícia da tua mão.”

(Laurence Sterne, 1713-1786, para Catheriine Fourmantel, sua amante)



“Não vais acreditar na saudade que me possui. A razão principal é o meu amor e o facto de não me habituar a estarmos tão longe um do outro. (…) Os meus passos levam-me, verdade seja dita, ao teu quarto, mas não te encontrando aí, regresso de coração triste e desconsolado, qual amante rejeitado. Pensa tu o que tem sido a minha vida, quando só encontro o meu repouso na labuta, e o meu consolo no infortúnio e na angústia. Adeus.”

(De Plínio, o Novo, 61 D.C. – 112 D.C, para Calpurnia, sua mulher)



“Minha adorada noiva: (…) São sempre difíceis de acabar as minhas cartas – porque não ouso escrever os finais como os sinto. J'ai peur de vous effaroucher. E depois da sua proud reserve assusta-me um pouco. E assim só digo que te adoro, meu querido amor.”

(Eça de Queirós, 1845-1900, para Emília de Castro Pamplona, sua noiva e futura mulher)


“Meu querido Bebezinho: Não te admires de certo laconismo nas minhas cartas. As cartas são para as pessoas a quem não interessa mais falar: para essas escrevo de boa vontade. À minha mãe, por exemplo, nunca escrevi de boa vontade, exactamente porque gosto muito dela. Quero que sintas isto, que saibas que eu sinto e penso assim a este respeito, para não me achares seco, frio, indiferente. Eu não o sou, meu Bebezinho, minha almofadinha cor-de-rosa para pregar beijos (que grande disparate!) Mando um meiguinho chinês. E adeus até amanhã, meu anjo. Um quarteirão de milhares de beijos do teu, sempre teu. Fernando. "

(Fernando Pessoa, 1888-1935, para Ofélia Queiroz)


in DOYLE, Ursula - Cartas de Amor de Grandes Homens. Lisboa: Bertand Editora, 2009

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

7 dias para o AMOR

Imagem retirada de http://www.digitalphoto.pl/foto_galeria/2220_2006-0226.JPG

Do Amor

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. [...]. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha."


Epístola da S. Paulo aos Coríntios, 13


"Então, Almitra disse: "Fala-nos do amor".
E ele ergueu a fronte e olhou para multidão, e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:
"Quando o amor vos chamar, segui-o
mesmo que os seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, entregai-vos a ele,
[...] E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim."


In O Profeta, de Khalil Gibran


"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

Luís Vaz de Camões

"É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.

É urgente o amor,
É urgente permanecer. "

Eugénio de Andrade

Semana do Amor


A BE/CRE celebrará de 8 a 12 de Fevereiro a SEMANA DO AMOR. Ao longo desta semana, realizaremos as seguintes actividades:

Começar bem o dia com Poesia! (ao longo da Semana, no livro de ponto, os Professores encontrarão um poema de amor que deverá ser lido ao primeiro tempo da manhã);
• Visualização do filme “O Carteiro de Pablo Neruda” (alunos do 3.º ciclo, conforme plano em anexo);
• Exposição no placar da BE/CRE - “O AMOR EM VÁRIOS IDIOMAS” (exposição de poemas de amor em Português, Francês, Inglês e Espanhol recolhidos em contexto lectivo e exposição de frases sobre o AMOR elaboradas pelos alunos, nas aulas de língua estrangeira …);
• Actividade: “No dia de S. Valentim, ofereça um poema de amor…”: todos os interessados podem escolher na BE/CRE poemas de amor de autores consagrados para oferecer a quem desejarem.
• No blog da BE/CRE (www.leituraseliteracias.blogspot.com), “Sete dias para o AMOR”: curiosidades, cartas de amor, grandes poetas do Amor, livros …


Porque, como escreveu Eugénio de Andrade, “É urgente o AMOR” !

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Rosa Lobato de Faria - Homenagem a uma grande escritora

Rosa Lobato de Faria morreu ontem, aos 77 anos. Morreu uma escritora querida dos nossos alunos, dos mais pequeninos aos mais graúdos. Autora para crianças de "ABC das flores e dos frutos", de "ABC das coisas mágicas em rima infantil", de "ABC dos bichos em rima infantil", de "A menina e o cisne", de "A erva milagrosa" , de "A voz do coração".

Escreveu os seguintes romances: "O Pranto de Lúcifer". Seguiram-se muitos outros, a um ritmo quase anual: "Os Pássaros de Seda" (1996), "Os Três Casamentos de Camilla S." (1997), "Romance de Cordélia" (1998), "O Prenúncio das Águas" (1999), "A Trança de Inês" (2001), "O Sétimo Véu" (2003), "Os Linhos da Avó" (2004), "A Flor do Sal" (2005), "A Alma Trocada" (2007) e "As Esquinas do Tempo"( 2008) .

Deixamos aqui uma das suas últimas entrevistas, aquando da publicação do seu último romance.