sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Pequenos poetas!
No âmbito da actividade "Começar bem o dia com poesia, os alunos da escola do 1.º ciclo de Oliveira de Barreiros, escreveram alguns poemas que divulgamos aqui. Parabéns aos pequenos poetas!
O Outono
Fazemos as vindimas e fazemos o vinho.
Apanhamos as castanhas para o Magustinho.
Caem das árvores as folhas muito velhinhas.
Os dias ficam mais frios e vestimos camisolinhas.
23/10/2008
Celina, Vasco, Márcia, Nádia, Beatriz
(2ºano)
Os meninos
Os meninos vão à escola.
Eles gostam de estudar.
Ajudam-se uns aos outros,
A ler, a escrever, a pintar…
24/10/2008
Celina, Vasco, Márcia, Nádia, Beatriz
(2ºano)
As cores
Tenho lápis amarelo,
azul, vermelho e verde…
Pinto os meus desenhos
bastante coloridos.
A minha camisola
é feita com muitas cores.
Azul, laranja, verde
e o branco dos meus amores.
O tronco da árvore é castanho,
verde as suas folhas.
De vermelho as maçãs,
como são maravilhosas!
O céu é de cor azul.
Amarelo é o sol.
Sete cores tem o arco-íris
e as riscas do meu cachecol.
05/11/2008
Celina, Vasco, Márcia, Nádia, Beatriz
(2ºano)
Bom ano lectivo para todos!
terça-feira, 17 de junho de 2008
Candidatura de Mérito 2008
Boas Leituras III
O rapaz olhou para o relógio: seis e meia, horas de se levantar. Lá fora começara a clarear. Pressentiu que este seria um dia desastroso, um daqueles dias em que mais valia ficar na cama porque tudo corria mal.”
In " A Cidade dos Deuses Selvagens", de Isabel Allende, publicado pela Difel
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Boas Leituras II
“Gostava tanto de ter um irmãozinho, ou um cão” pensou. “ Se tivesse, brincava com eles e nunca mais teria aquela ideia terrível, nunca mais.”
Mas, mal acabou de dizer “nunca mais”, a tal ideia terrível começou a falar. “
in“ O Cavaleiro Lua Cheia”, de Susanna Tamaro, publicado pela Editorial Presença
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Boas Leituras I

(Imagem disponível em http://img510.imageshack.us/img510/2417/ilust4qz5.jpg)
"Não me lembro de como tudo começou. Só sei que passeava ao luar e sobre a neve havia uma fina camada de gelo. Era contudo estranho para um começo, já que as crianças não costumam passear à noite sozinhas na floresta. Via a lua, lá no alto, redonda como um balão, como se estivesse suspensa sobre os abetos. Mas, nessa noite, passaram-se coisas ainda mais estranhas.
Ao passar pela lagoa, onde, com o meu pai, costumava estender-me no chão para observar os girinos, apareceu de repente à minha frente um duende. Não teria estranhado se ele tivesse surgido furtivamente do arvoredo ou de outro lado qualquer, mas não foi assim que aconteceu. Sentado na neve, tentava lembrar-me de qualquer coisa que se me esvaíra do pensamento. Inesperadamente, como que surgindo algures fora da floresta, apareceu diante de mim um duende. À excepção do barrete vermelho que os duendes costumam usar, estava todo vestido de verde. Embora adulto, era muito mais baixo que eu.
Quando já o podia ver tão nitidamente como as árvores à minha volta ouço-o proferir as primeiras palavras:
- Com que então?”
in“ O Palácio do Príncipe Sapo”, de Jostein Gaarder, publicado pela Editorial Presença
terça-feira, 6 de maio de 2008
"Festejar a Mãe"

"Maternidade", de Almada Negreiros
Fantasia
Oh mãe, conta-me histórias de encantar
Daquelas em que há príncipes e fadas,
Dragões que guardam torres encantadas,
E que contavas para me embalar.
Conta-me histórias, mãe! Lendas infindas
De castelos erguidos nas colinas,
Onde habitavam fadas e meninas,
Brancas e loiras, sempre muito lindas.
Mãe, conta-me histórias de encantar,
Dos anjos que no azul do céu voavam,
Dos lagos onde cisnes passeavam,
E que eu revia à luz do teu olhar.
Conta-me histórias como em pequenino
Me contavas e tudo me sorria.
Histórias lindas que eu atento ouvia...
Oh que saudades, mãe, de ser menino.
Emanuel Félix ( 1936-2004)
Mãe 2
Tigelinhas brancas
compotas macias
Minha mãe quantas
tigelinhas enchias
Tigelinhas brancas
para todos os dias
Minha mãe quantas
tigelinhas vazias
Tigelinhas brancas
doces como querias
Minha mãe quantas
saudades eu tenho
João Apolinário (1924-1988)
(Poemas retirados de "A Mãe na Poesia Portuguesa", uma antologia de Albano Martins, publicada pelo Público)